Conhecida popularmente como dormideira, dorme-dorme, sensitiva, maria-fecha-a-porta, não-me-toques ou dorme-joão, você já deve ter cruzado com uma plantinha que se fecha ao encostar nela.
Estamos falando da Mimosa pudica L., uma espécie nativa da América do Sul. Pertencente à família Fabaceae, subfamília Caesalpinioideae, a mesma do pau-brasil.
Desde sua descoberta chamou a atenção pela sua habilidade em mover rapidamente as folhas ao ser tocada, fechando os folíolos e baixando a folha.
Por essa razão, foi nomeada por Linné com o epíteto específico de pudica, que quer dizer “tímida”, “envergonhada”.
Mas por que a dormideira “fecha as folhas”?
Acredita-se que o comportamento de fechar as folhas na dormideira tenha evoluído como uma estratégia de defesa da planta. Assim, quando a planta percebe um ataque em potencial por meio do toque, ela se fecha. Ao receber um estímulo mecânico ou térmico em suas folhas, ocorre uma sinalização elétrica que se propaga ao longo das folhas, descendo até o caule da planta.
Os estímulos levam a uma diminuição no turgor (pressão interna das células vegetais, que é mantida pela entrada de água e que garante a forma e estrutura das plantas), havendo a migração de íons por meio das membranas e consequente fechamento das folhas. Ou seja, na base de cada folhinha, existem células capazes de perder água com grande rapidez.
Dois elementos químicos presentes em seu organismo - potássio e cálcio - direcionam a água para um espaço entre as células. E é isso faz com que elas murchem, encolhendo as folhas. Quanto mais forte o toque, maior é o número de folhas que se fecham.
Mas o efeito é temporário: depois de um tempo sem ser tocada, a planta restabelece o equilíbrio de água em seu interior e as folhas voltam a abrir.
Fonte: www.pontobiologia.com.br