O calendário gregoriano, promulgado em 1582 pelo Papa Gregório XIII, é utilizado oficialmente pela maioria dos países. Nele, o mês de fevereiro tem 28 dias, e a cada quatro anos, 29.
Essa distinção do segundo mês do ano para os demais pode ser explicada por uma sequência de ajustes feitos no calendário desde os últimos tempos da monarquia romana, no século VI a.C.
O calendário, como conhecemos hoje, começou a tomar forma quando os astrônomos antigos começaram a ter noção de equinócios e solstícios, portanto, das estações do ano.
Esse conhecimento fez surgir o ano solar, que dura aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 47 segundos.
Além disso, eles observavam as fases da lua: nova, crescente, cheia e minguante. Cada uma durava pouco mais de 7 dias e o ciclo completo dura 29,5 dias, o que deu origem ao mês solar.
Então, os romanos adotaram um calendário baseado nas mudanças de fase da Lua, com 355 dias distribuídos em 12 meses. O ano começava em março e terminava em fevereiro, sendo que os meses tinham 29 ou 30 dias.
Fevereiro, que era considerado de mau agouro por ter seu nome derivado de Februus, deus etrusco da morte, ficou com apenas 28 dias.
Mas, durante o Império, em 46 a.C., Júlio César fez uma mudança significativa no calendário romano: moveu janeiro e fevereiro para o começo do ano e adicionou 10 dias ao ano para chegar ao total de 365 dias. O mês Quintilis passou a se chamar Julius (Julho) e ganhou um dia extra, 31, em homenagem ao então imperador. Fevereiro ficou com 29 dias.
Três décadas depois, em 8 a.C., o nome do oitavo mês, Sextilis, foi mudado para Augustus (agosto), em honra ao então imperador César Augusto. Mas Augustus tinha só 30 dias enquanto Julho tinha 31. O imperador determinou, então, que seu mês tivesse mais um dia, retirado de fevereiro, que ficou com 28.
E, como o ano é um pouco maior do que os 365 dias do calendário (0,242 dia, para sermos exatos) ele também adicionou um dia extra a cada 4 anos, que depois de nova reforma se tornou o 29 de fevereiro.
Fonte: www.folhape.com.br