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Um dos fenômenos da natureza mais temidos pelo homem é o ciclone tropical, que ocorre quando os ventos ultrapassam os 119 km/h entre os Trópicos de Câncer e Capricórnio. O ciclone tropical também pode ser chamado de furacão, quando se forma no Oceano Atlântico, próximo às Américas Central e do Norte, ou tufão, quando formado no Oceano Pacífico, nas proximidades da Ásia, Havaí e Oceania.

Ao longo da história, vários furacões ou tufões devastaram cidades e zonas rurais, deixando um rastro de destruição e desespero por onde passaram. Entre os mais conhecidos, estão o Irma, em 2017, Matthew, em 2016, Patrícia, em 2015, o Hayan, em 2013, o Katrina e o Wilma, em 2005, Sandy, em 2002, e o Audrey, em 1957, para citar alguns.

Mas como são escolhidos os nomes dos furacões e tufões? Atualmente, existe uma lista com 126 nomes de furacão que são repetidos em um ciclo de seis anos. Esses nomes são escolhidos pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), com sede em Genebra, na Suíça, que seleciona nomes comuns de pessoas em inglês, espanhol e francês, pois essas são as línguas faladas nos países que mais são atingidos por furacões.

Os nomes são divididos igualmente entre masculinos e femininos, em ordem alternada. Para os ciclones que se formam no Oceano Atlântico, ou seja, furacões, são seis colunas, cada uma representando um ano, com 21 nomes cada. Eles seguem a ordem alfabética, excluindo as letras q, u, x, y e z, pois poucos nomes começam com essas letras.

Lista com os 126 nomes de furacões

No caso dos ciclones formados no Oceano Pacífico, ou seja, os tufões, a nomenclatura depende da região de origem do fenômeno. Se ocorrer no Noroeste do Pacífico, a nomenclatura obedece a uma lista com 144 nomes de A a Z (excluindo as letras q e u), que também se divide em seis colunas (anos). Já os tufões do Centro-Norte do Pacífico recebem nomes havaianos, um total de 48, que são usados um depois do outro.

Os nomes de tufões

Existem algumas situações que interferem nesse padrão de nomenclatura. Quando ocorrem mais de 21 furacões em um mesmo ano, são criados novos nomes cujas iniciais seguem o alfabeto grego (alfa, beta, gama e assim por diante). Isso aconteceu na temporada de furacões de 2005, por exemplo. A lista também sofre alteração quando ocorrem furacões devastadores, como o Katrina. Nesse caso, o nome foi substituído por Katia a partir de 2011.

Como era antes

As atuais normas de nomenclatura dos tufões e furacões foram adotadas no final da década de 1970. Por centenas de anos, os furacões recebiam nomes de santos homenageados no dia de ocorrência do fenômeno. Por exemplo, se um furacão ocorresse no dia 24 de junho, ele receberia o nome de São João e, se anos mais tarde ocorresse outro furacão na mesma data, ele receberia o nome de São João II.

No final do século XIX, um meteorologista australiano chamado Clement Wragge começou a dar nomes de mulheres para os furacões, supostamente daquelas que ele não gostava. Mais tarde, no começo do século XX, os militares dos Estados Unidos usaram a latitude e longitude para dar nomes aos ciclones, o que se mostrou confuso para uma comunicação via rádio. Por isso, em 1953, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), inspirada em Clement Wragge, elaborou uma lista, em ordem alfabética, com nomes comuns de mulheres para nomear os ciclones.

Somente no final da década de 1970 que a NOAA concluiu que o modelo era machista, passando, então, a alternar entre nomes de homens e mulheres. O machismo também pode ser a causa de os furacões com nomes femininos causarem mais mortes do que os com nomes masculinos. Pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, concluíram que as pessoas não temem os furacões com nomes de mulheres tanto quanto os com nomes de homens, por isso, não se preparam da mesma forma.


Fonte: www.brasilescola.uol.com.br